CONDESCENDENTE comigo e IMPLACÁVEL com os outros; assim é a forma que muitos líderes lidam com as pessoas que estão sobre a sua responsabilidade.
Quando eu, o líder, atraso 10 minutos para uma reunião, não tem problema, pois eu estava fazendo algo muito importante. Porém, se algum dos meus liderados atrasa 10 minutos, é tratado com muito rigor republicamente condenada sua atitude.
Quando eu, o líder, e cedo o orçamento planejado para uma determinada despesa, não tem problema, pois aquele gasto era necessário. Porém, se algum dos meus liderados gasta mais do que o previsto, é repreendido e envergonhado e na frente do time.
Atitudes como essas, em que o líder pode tudo, acima das regras e dos limites estabelecidos na gestão da empresa e nos princípios das relações, degradam a confiança do time em sua liderança e neles mesmos.
Nesse ambiente a ansiedade é instalada nos pensamentos e emoções e o alto nível de exigência é visto como INJUSTIÇA e não como uma cultura de EXCELÊNCIA.
Quando a medida exigida pelo líder não é testemunhada por ele, sua autoridade passa a ser questionada e sua referência para o time é de um inquisitor e não de alguém que inspira, orienta e suporta.
Ser um líder com alto grau de exigência do seu time mas bastante permissivo para si mesmo cria uma indigestão do time e pouco a pouco as pessoas perdem a sua motivação para o trabalho.
Quando a relação não é de confiança e as normas sociais de convivência e trabalho são diferentes de acordo com a hierarquia, prestígio ou preferência, criamos um ambiente de sentimento coletivo de injustiça.
A justiça é estabelecida em um ambiente quando o líder é o representante desses princípios, valores, cultura e comportamentos. Quando o líder falha ele deve ter a humildade de torna-se menor do que o seu cargo e submeter-se a regra social ou objetiva e às consequências de sua infração.
Somente quando tornamos comum o alto grau de exigência é que a excelência se torna de fato um valor cultural, sem que isso cause algum tipo de degradação. O líder deve ser o primeiro a se submeter ao grau de exigência estabelecido e definido como a referência.
Como você age consigo mesmo quando erra ou transgride uma norma? Como você age com seus liderados? Você é a referência máxima de prática do que exige dos demais? Você é justo consigo e com os outros?
É hora de reflexão…
“Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?” – Mateus 7:3