Conquistar a autonomia e com isso o reconhecimento social das nossa capacidade de gerar algum tipo de valor, faz parte da nossa jornada existencial.
Nos últimos anos com, a digitalização e grande ascensão das redes sociais, tivemos o aumento da exposição das pessoas socialmente através desses canais.
As histórias e experiências, que eram compartilhadas e contadas em encontros presenciais e diretos, se transformaram em narrativas manipuladas em postagens nos perfis digitais, conforme a ideia que se deseja transmitir e criar socialmente.
É possível que uma viagem ruim seja apresentada como a melhor experiência do mundo. É possível que o fato ruim do dia seja escondido e apenas as coisas boas sejam apresentadas.
As redes sociais acentuaram o comportamento humano de autoafirmação e as histórias são contadas, editadas e ajustadas para transmitam uma imagem de VIDA BEM SUCEDIDA.
Entretanto, esses autores e editores da sua própria história de sucesso sabe a verdade da sua dura realidade e o quanto a VIDA REAL está distante da VIDA DIGITAL.
Esse fato trouxe ainda mais ANSIEDADE para nossa sociedade, pois acentuou a COMPETIÇÃO e a necessidade de produzir digitalmente essa SEGUNDA vida que não é uma verdade e que precisa de evidências para que a fábula não se desfaça.
A vida real, que já é difícil de ser enfrentada, ganhou mais um desafio: a manutenção da vida digital. São aparências que escravizam as pessoas na produção de imagens e conteúdos de uma vida que não é verdadeira, intensa, perfeita, maravilhosa e cheia de conquistas como parece ser.
O FINGIMENTO deixa de ser uma “brincadeira” e se torna um grande opressor da existência, pois temos a necessidade de continuar a narrativa para não perder o prestígio social ao mesmo tempo que nossas emoções sabem que tudo aquilo é um desejo, mas não uma verdade.
Algumas pessoas, que nem chegaram a um nível de demanda alto dessa vida digital, interromperam essa abdução e chegaram até mesmo a cancelar suas participações em redes sociais.
É uma medida drástica, uma vez que a rede pode ser uma grande ferramenta. Entretanto se a sua administração se tornou um fardo pesado reveja o peso que está carregando na sua jornada.
O fingimento é um fardo pesado de ser carregado. Precisamos manter as mentiras e não verdades que contamos para as pessoas e essa dupla jornada demanda muita energia.
Nossa energia é limitada e não é ampliada pelo fato de termos uma dupla jornada. Portanto, canalize a sua energia para a vida de verdade e construa os resultados que de fato você pode colher.
É hora de reflexão…
“Alguns fingem que são ricos e nada têm; outros fingem que são pobres e têm grande riqueza.” – Provérbios 13:7