Raiva, frustração e arrogância são emoções que todos administramos em nosso dia a dia.
A verdade sobre a RAIVA é que não ficamos com raiva dos outros mas sim de nós mesmos por acabarmos naquela situação. As ações intempestivas e violentas, seja em palavras ou até físicas, contra as outras pessoas é uma forma INFANTIL de canalizar essa raiva.
Ficamos com raiva da nossa falta de capacidade, influência e domínio das situações e realidade. Esse fato materializado no presente, “esfrega” em nossa cara a dura verdade da nossa condição humana de FINITUDE e LIMITAÇÕES.
Toda manifestação exterior de raiva é antes de tudo uma dor e sofrimento internos. É o grito de frustração do nosso ego que foi obrigado a ver a imagem real imperfeita, em choque com a imagem perfeita idealizada e projetada.
As pessoas que participaram e são testemunhas daquele fato e do meu choque com essa dura realidade são os primeiros a sofrerem as violências e agressões, pois o que queremos é destruir aquela realidade que causa tamanha frustração e dor.
Na forma mais infantil e primitivo a raiva transforma as pessoas em sacos de pancada para esmurrarmos a nossa frustração que quebrou nosso ego. Um ego despedaçado, quer despedaçar. Um ego machucado, quer machucar. O ego que perdeu, quer que os outros também percam.
Como enfrentar essa forma instintiva e natural de reagir a vida? Precisamos amadurecer, pois se temos uma certeza é que Vamos enfrentar o futuro diferente da perspectiva imaginada.
A primeira atitude é uma visita a nossa identidade, para que entendamos qual é a autoconsciência que temos de nós mesmos. Como me vejo? Me super valorizo? Me acho melhor do que os outros? Me acho especial? Me acho merecedor? Me vejo como centro ou como parte de um todo?
Esses são os primeiros passos para que possamos identificar a autoimagem que temos de nós mesmos. Uma autoimagem super valorizada é certa de frustração.
Em uma segunda atitude de humildade precisamos reconhecer nossa finitude e limitação. Quais são as suas fraquezas? No que você é limitado? No que você não é bom? No que você precisa de ajuda?
Consciente de uma autoimagem ajustada a verdadeira realidade deixamos o esforço de termos que provar a autoimagem super valorizada e passamos a humildemente nos conectar com as pessoas que podem completar e nos salvar da finitude e limitações.
É o desfazimento de um ego supervalorizado que nos coloca em um eixo consistente de identidade e nos livra de sermos reféns e agentes passivos da raiva.
É hora de reflexão…